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Histórias e "causos" proporcionados pela vida coorporativa.
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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Boa Viagem

Convidando para uma caminhada.

Sem histórias dessa vez.
Não sou guia turístico, mas vou falar um pouquinho do Recife.
Mais especificamente de Boa Viagem.

Das praias urbanas, dentre os lugares que eu conheci melhor. Quero dizer: trabalhei.
Boa Viagem é uma das mais legais.
Não é daquelas de águas limpinhas, areia branquinha, mas também não é feia. Com o sol nota-se na água várias tonalidades de verde e azul.
É urbana e a principal de uma cidade bem grande no Brasil na poderia ser um primor de limpeza.

Convido então para uma caminhada pela orla.

Tem calçadão com ciclovia de vários kilômetros de extensão. Temperatura sempre alta. Vento constante vindo do oceano, quiosques de água de coco, salgadinhos e cerveja a cada 50 metros.
Saindo de Pina (mais perto do centro da cidade) em direção a Piedade, logo chega se a região dos três jardins.
São três jardins mesmo, um em seguida do outro, entre a avenida da praia e os prédios. É onde se concentram barzinhos, boates e restaurantes mais sofisticados.
Nesse ponto, saindo um pouquinho da orla, uma quadra para dentro tem o “Parraxaxá”, restaurante de comidas típicas nordestinas e quase ao lado tem o “Companheiros” com petiscos e pratos de camarões excelentes.
Voltando a orla vale à pena conhecer o “Boteco” e o “Guaiamum Gigante” para saborear porções e tomar cervejas bem geladas, no calor do Nordeste isso é fundamental.

No calçadão há sempre muita gente caminhando. Nessa altura do passeio temos pistas de skate, quadras de tênis e alguns playgrounds para a criançada ao lado do calçadão.
Um pouco mais a frente começam a aparecer locais para se fazer ginástica. Muita gente aproveitando. Desde o “povão” até alguns “personal trainners” acompanhando os clientes nos seus exercícios.

Na areia o pessoal costuma jogar futebol, vôlei e também caminhar. Já vi equipes de futebol americano treinando por ali também.
Nessa região tem uns carinhas que fazem castelos de areia incríveis para ganhar uns trocados. Tem também uns tiozinhos jogando dominó ao lado do quiosque.
Um pouco mais a frente numa rua paralela a da praia tem o restaurante Ilha dos navegantes. Muito bom. Ensopado de Aratu (um tipo de caranguejo) é a pedida, acompanhado de bom chope ou sucos naturais.

Seguindo pela praia pode-se continuar vendo alguns grupos na areia conversando, fazendo luau. Clima bem descontraído. Várias redes de vôlei e fut-vôlei.
Seguindo a caminhada no calçadão aos poucos a faixa de areia diminui e quando a maré está alta a água começa a bater numas pedras, o que torna a caminhada um pouco diferente, da vontade de ficar olhando o movimento das águas.
Quando a maré está baixa aparecem os arrecifes lá no fundo segurando a água.
Há alguns restaurantes, churrascarias e rodízios de pizza por ali. Por ali ficam vários hotéis, é a região dos turistas.

Um pouco mais a frente para delírio das mulheres e tristeza dos homens chega se a uma grande feira de artesanato. É a praça Boa Viagem. Existe ali uma tradicional igreja.
O legal mesmo disso tudo é o astral. Bem brasileiro.
Em junho tem festa junina nordestina todo dia.

A parte chata dessa caminhada é que a duas quadras da praia em avenidas movimentadíssimas tudo se modifica. Ruas esburacadas, muito lixo, muita confusão e outras coisinhas mais.
Na verdade também bem tipicamente brasileiro. Misturado por ali há bons restaurantes dividindo espaço com vendedores de espetinhos e cerveja nas esquinas cercadas de cadeiras de plástico e pessoal animado. Essa é a parte legal. Bem democrático.
O que assusta é a convivência na região com prostitutas, tráfico, miséria e o trânsito caótico.

Um boteco/restaurante bem conhecido nessa parte é o “Entre Amigos. E o bode?” Os melhores espetinhos de camarão que já comi.
Na praia e nos restaurantes todo mundo toma caldinhos. Feijão, peixe e camarão são os com maior saída. Nos fins de semana ambulantes vendem muito na praia.
Não entendia num lugar tão quente o pessoal adorar essas bebidas quentes, mas acabei aderindo.
Virei adepto.

Voltando à praia mais a frente tem o parque Dona Lindú. Local bom para passear com crianças, com vários playgrounds.
Tem também museus de arte, local de caminhada, ponto de informações turísticas, várias estátuas espalhadas pelo parque e um palco enorme para shows (grátis).
Programação constante. Vi ali com a Marcinha um show do Genival Lacerda (Figuraça).
Lógico, não dá prá fazer tudo num só dia.
Tô escrevendo isso já pensando em ler daqui um tempo para relembrar.
Tento dar uma caminhada ali todos os dias. Lógico, vai dar saudades.
Bem, fica a dica para quem quiser conhecer. Para quem conhece espero ter trazido boas lembranças.

Abraços, Magrus.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Souvenir_2

Uma história de souvenir legal nem tanto pelo souvenir, mas pelo contexto do recebimento, foi um que ganhei da Asiana. Empresa aérea Sul Coreana.
Após informar o pessoal da minha volta ao Brasil com antecedência, ir a alguns bares com meus colegas Coreanos e Alemães para fazer um “bota fora”, preparar bem a minha saída com relação ao trabalho, fui informado pela direção da Lufthansa com dois dias de antecedência que minha viagem de volta havia sido adiantada em um dia.
Isso significou que o dia seguinte ao qual eu recebi a informação, seria meu último dia de trabalho no projeto.
No dia seguinte informei isso ao meu colega de trabalho coreano e logo vi uma feição de ansiedade e preocupação no seu rosto.
Fiquei pensando... tudo já havia sido documentado e bem explicado, até o dia anterior ele estava bem tranqüilo em relação a minha saída do projeto. Por que será ele ficou tão ansioso agora?
Logo depois fui procurá-lo para falar algo relativo ao trabalho e ninguém sabia onde ele estava. Fiquei apreensivo.
Momentos depois ele apareceu com um pacote, reuniu o pessoal e me entregaram um presente.
Ficou explicado. É um costume bem tradicional deles, presentear os colegas e visitantes da empresa.
É realmente bem importante isso para eles e ele havia planejado comprar algo em conjunto com os outros colegas naquela noite e me entregar no dia seguinte.
Como não haveria mais tempo, ele comprou algo na própria empresa “às pressas” e se desculpou por ser algo tão simples.
Falei para ele que no meu país é mais importante a intenção do que o presente em si.
Gostei, era uma camisa branca e tinha bordado o logo da empresa.

No final foi mais uma lembrança agradável que ficou da Coréia do Sul e do seu povo.