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Histórias e "causos" proporcionados pela vida coorporativa.
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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Estórias Mineiras

Estórias de Itajubá

A maioria das pessoas do projeto estava hospedada num mesmo Hotel/Flat.
Isso é muito bom para quem fica durante a semana longe de casa, pelo menos se tem companhia dos colegas e ameniza um pouco a saudade da família.
Saía frequentemente com o pessoal para caminhar, fazer compras e jantar.
Quando o projeto estava no auge e havia muitas pessoas por lá, alguns dos colegas organizavam noites de trucada na sala de jogos na cobertura do hotel.
O organizador "mór" era um colega muito gente boa, com um senso de humor raro e rapidez de raciocínio incrível para gerar gargalhadas durante as conversas.
Quando chegávamos para a jogatina, ele já estava com os pratos de frios (queijo temperado, provolone, salame,...) prontos e a cerveja gelada.
Não faltava uma garrafa de cachaça mineira, que são as melhores, diga-se de passagem.
O pessoal mais animado com bebida "matava" uma garrafa fácil. Nessa eu não acompanhava, não estou com essa bola toda.
Mais tarde, durante os jogos decidíamos os sabores das pizzas a serem pedidas.
Quem não jogava ficava batendo papo e de vez em quando aparecia um violão e um pessoal tocava e cantava.
Essas noites eram aguardadas ansiosamente pela gente.

Nessa cobertura do flat tem uma parte ao ar livre, onde há uma vista bonita do rio e alguns morros da cidade.
À noite, porém só se viam as luzes das ruas por perto e uma escadaria na penumbra, subindo um morro ali ao lado do Flat. Podíamos observar cenas estranhas por ali, vocês sabem: sexo, drogas, sem rock and roll e sem nenhum "glamour". Deprimente.

Às vezes fazíamos alguns jantares mais sofisticados. Havia várias especialidades.
Tinha um colega que morou na Austrália e trabalhou por lá num restaurante peruano.
Fazia Ceviche e Lomo saltado, conhecem? Bom demais.
Um colega descendente de alemães fez um chucrute (Sauerkraut) também muito bom.

Tinha a turminha dos apelidos, cada novo integrante do projeto de imediato ganhava um.
Às vezes pela aparência, às vezes por comportamento e às vezes por nada disso. Alguns apelidos eram "leves" e alguns mais "pesados".
O cara mais chato do projeto foi apelidado de "peido".
No meu caso era "PVC", dizem que pareço com um comentarista esportivo da ESPN conhecido por essas iniciais, obviamente não concordo, pois me acho bem mais bonitão. hehe
Teve uma colega carioca que namorava um policial lá no Rio. Era chamada de "madame caveirão".
Aqui entra uma histórinha com ela.
Como todo carioca, ela usa o tempo todo a expressão: "olha só".
Foi perguntada por um mineiro porque ela usava essa expressão como advérbio. Aí ela perguntou de volta: e qual o termo vocês usam aqui para isso?
Ele responde de imediato, "Ói qui".
Alguns apelidos são devido ao trabalho, por exemplo, o consultor responsável pelo módulo com sigla PP (planejamento de produção) é novo, baixinho, fala alto e com a voz aguda. Todos aqui o chamam de Pepezito.
É daqueles caras que gosta de "zoar" e é bastante "zoado".
Imitam ele falando o tempo todo, pois além da voz peculiar, ele usa muito aquelas expressões da garotada de hoje: "Firmeza?", "Dá hora véio".
Ele se casou no meio do projeto e eu tive o privilégio de ser convidado. Foi divertidíssimo. Descobri também que ele é filho do Michael Douglas (outro apelido).
Já chamamos a esposa dele de Pepezita e a mãe de dona Pepezita.
Coisas boas da vida de consultor.