Itajubá
Logicamente, tudo mais devagar que no estado de São Paulo, alguns carros até tem o estranho costume de parar para as pessoas passarem nas faixas de pedestres.
Dá medo, pois nunca sabemos se vai ter um paulista estressado tentando atropelar alguém.
Comércio informal corre solto. As barraquinhas de camelô ficam ao lado de um rio. Apelidamos de "Shopping beira Rio".
Na cidade dá para fazer tudo a pé.
Bicicletas cruzam a esmo e perigosamente as ruas. Precisa ter um cuidado danado com esses "suicidas".
Região montanhosa com paisagens belíssimas.
No inverno é meio estranho, parece clima de deserto, calor durante o dia e muuuito frio a noite.
Tem um potencial enorme, muitas empresas já instaladas aumentando suas capacidades de produção e novas empresas virão para a região com certeza.
Como vocês já devem saber, tem uma universidade federal de engenharia (EFEI).
Abro aqui um parêntesis para voltar ao passado.
Foi engraçado vir trabalhar aqui, pois muitos anos atrás, antes de saber o resultado da FUVEST, eu tinha passado em engenharia mecânica aqui e vim fazer a matrícula.
Passei pelo trote e tudo mais. Quando soube que tinha passado em computação fiquei meio na dúvida, não sabia o que era isso na época. Decidi arriscar e deu no que deu.
Soube depois que o Alex e o Carlos, meus amigos na Unicamp passaram pela mesma situação.
Fecha parêntesis.
Poucos lugares para diversão a não ser gastronômica.
Não tem cinema. Uns gringos que estavam por aqui queriam um lugar para nadar nos fins de semana. Era tão complicado conseguir entrar em um clube que desistiram.
Às vezes vou dar uma caminhada e aqui existe uma avenida onde os locais fazem isso. Acontecem coisas muito engraçadas ali.
Na avenida onde as pessoas vão para caminhar de manhã e no final da tarde, existe um folclórico vira-latas policial rodoviário. Fica escondido e andando ao lado dos carros estacionados e corre latindo para cima dos carros no sentido contrário que vem em alta velocidade. Só os que vem em alta velocidade. Não consegui filmar ele em ação, no dia em que minha caminhada acompanhou o seu “trabalho” eu estava sem câmera. Passei a ir caminhar com o celular, mas a partir desse dia não o achei mais.
Comidas típicas: tradicionais mineiras, pastéis de milho, canjiquinha (um tipo de sopa com quirelas de milho e carne de porco), torresmo, pururuca. Muita pinga da boa e muito queijo.
Aqui tem o bar “Mineirinho”. Calma pessoal, sei que tenho que ser mais específico, em Minas devem existir milhares de bares chamados mineirinho. Esse que falo é o mineirinho do Robertinho. Ajudou? Não? Tudo bem.
Ele se encaixa naquele conjunto de bares que você jamais entraria se não tivesse boas referências. Não chega a ser um “sujinho”, mas não tem muitos atrativos visto de fora.
Tem os pratos do cardápio fixo, porém preparava o que a gente queria caso pedíssemos com antecedência.
Porções ótimas de bolinhos de bacalhau, linguiça, carne mal humorada, feijoada, feijão tropeiro, ... Tô escrevendo com água na boca.
Sem luxo, mas aconchegante. Paredes totalmente cheias de fotos com famosos, flâmulas e bandeiras de clubes de futebol, coisas referentes a Minas e ao Brasil.
Outros bons botecos: Bar da Maria, Ranchinho do pastel de milho.
No mercado central queijos, cachaças, doces, em Mineirês: Tudibão
Na região tem o restaurante Delicado, em Piranguçu, a comida caseira e o papo com o dono da casa são da melhor qualidade.
A cidadezinha tem uma vista muito bonita também.
Em Piranguinho tem os tradicionais pés de moleque. As barracas à beira da estrada, vermelha e laranja são as melhores. Pés de moleque com amendoim e rapadura, em Mineirês: Bãodimais.
Abraços,
Magrão.
Magrão.
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